Festival é festival, mas a Moenda tem
alguma coisa que ainda não foi explicada por nenhum poeta. A primeira que
assisti foi em 1999, na 13ª edição. Lembro que Ivânia Catarina e Carlos Gomes
me emocionaram com “Lágrima”, que acabou em segundo lugar - não esqueço do meu
pai aos gritos: primeiro! Primeiro! - Já no ano 2000, 14ª Moenda, tive minha
primeira emoção: a música do meu pai “Canção de Nimar” passou para a
finalíssima apesar de problemas na apresentação classificatória. Em 2001 cantei
junto com o ginásio inteiro “Me joga na parede, me chama de lagartixa”,
primeira vez que Zé Alexandre vinha para o festival. No mesmo ano, me indignei
muito com a desclassificação da “A volta do boto” dos meus amigos Daniel Maiba
e Marcelo Maresia. Em 2002, uma das minhas grandes decepções: como “A Moenda e
o tempo” não venceu aquela edição? Foi um erro reparado anos mais tarde, pois
em 2006, na edição comemorativa, o primeiro lugar para a música do meu
professor Mário Tressoldi chegou.
Foi
na Moenda que assisti Moraes Moreira, Ed Motta, Zeca Baleiro, Zé Ramalho,
Kleiton e Kledir, Tangos e Tragédias, entre outros shows maravilhosos. Foi na
Moenda que tirei foto com o Caprichoso e com o Contrário, no ano que o grupo
Encanto Vermelho do Amazonas veio fazer o show de sábado. Foi na Moenda que ri,
me emocionei e aplaudi Adriana Marques pela última vez. Foi na Moenda que dei
um último abraço em Carlos Garofali, também. Foi na Moenda que coloquei a minha
parceira Brenda Netto para ser a única cantora aplaudida de pé por todo o
ginásio interpretando “Redescobrir”, arrancando lágrimas sinceras de tanta
gente, numa linda homenagem pra Elis Regina. Foi na Moenda que vi o Bilora de
perto e conheci “Contramão”. Foi na Moenda que comemorei a vitória de “Água boa
de beber” e “Reticência”... ... ...
Foi
na Moenda que estive na semana passada, pela primeira vez no palco, pela
primeira vez defendendo uma composição. A emoção de classificar para a final
foi única, e só tenho a agradecer a parceria do Marcelo Maresia e Daniel Maiba
(sempre eles), além do brilhantismo e do amor pela arte das queridas Yasmim
Frufrek e Julia Pilar, do meu pai Paulo de Campos, além dos competentes Sandro
Bonato e Mário Duleodato.
Foi tudo perfeito, e que venha a Moenda 31, em 2017!
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