sábado, 20 de agosto de 2016

MOENDA DA CANÇÃO

Festival é festival, mas a Moenda tem alguma coisa que ainda não foi explicada por nenhum poeta. A primeira que assisti foi em 1999, na 13ª edição. Lembro que Ivânia Catarina e Carlos Gomes me emocionaram com “Lágrima”, que acabou em segundo lugar - não esqueço do meu pai aos gritos: primeiro! Primeiro! - Já no ano 2000, 14ª Moenda, tive minha primeira emoção: a música do meu pai “Canção de Nimar” passou para a finalíssima apesar de problemas na apresentação classificatória. Em 2001 cantei junto com o ginásio inteiro “Me joga na parede, me chama de lagartixa”, primeira vez que Zé Alexandre vinha para o festival. No mesmo ano, me indignei muito com a desclassificação da “A volta do boto” dos meus amigos Daniel Maiba e Marcelo Maresia. Em 2002, uma das minhas grandes decepções: como “A Moenda e o tempo” não venceu aquela edição? Foi um erro reparado anos mais tarde, pois em 2006, na edição comemorativa, o primeiro lugar para a música do meu professor Mário Tressoldi chegou.

Foi na Moenda que assisti Moraes Moreira, Ed Motta, Zeca Baleiro, Zé Ramalho, Kleiton e Kledir, Tangos e Tragédias, entre outros shows maravilhosos. Foi na Moenda que tirei foto com o Caprichoso e com o Contrário, no ano que o grupo Encanto Vermelho do Amazonas veio fazer o show de sábado. Foi na Moenda que ri, me emocionei e aplaudi Adriana Marques pela última vez. Foi na Moenda que dei um último abraço em Carlos Garofali, também. Foi na Moenda que coloquei a minha parceira Brenda Netto para ser a única cantora aplaudida de pé por todo o ginásio interpretando “Redescobrir”, arrancando lágrimas sinceras de tanta gente, numa linda homenagem pra Elis Regina. Foi na Moenda que vi o Bilora de perto e conheci “Contramão”. Foi na Moenda que comemorei a vitória de “Água boa de beber” e “Reticência”... ... ...

Foi na Moenda que estive na semana passada, pela primeira vez no palco, pela primeira vez defendendo uma composição. A emoção de classificar para a final foi única, e só tenho a agradecer a parceria do Marcelo Maresia e Daniel Maiba (sempre eles), além do brilhantismo e do amor pela arte das queridas Yasmim Frufrek e Julia Pilar, do meu pai Paulo de Campos, além dos competentes Sandro Bonato e Mário Duleodato.

Foi tudo perfeito, e que venha a Moenda 31, em 2017!


Vídeo: Canal do Cordas&Rimas no YouTube

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