Ano novo, vida nova! Pretendo escrever
nesse 2018 o que não escrevi no ano passado. Eu não acredito na marcação do
tempo tradicional, mas acredito em etapas, e por que não usar essa passagem pra
2018 como o início de uma nova etapa, não? Muita coisa vai acontecer, e o
melhor, em outras terras! Por enquanto, deixo aqui o texto que escrevi sobre o
Grande Espetáculo que tive o prazer de produzir e realizar em dezembro do ano
passado. O último em Osório, pelo menos "nessa etapa":
GRANDE
ESPETÁCULO FILARMÔNICA VINHOCASA
Não
tive palavras até agora, por isso o meu silêncio até então. Enfim, que time
fantástico! Que união maravilhosa e que Espetáculo Grandioso nós realizamos
JUNTOS!
Esse
ano 2017 foi de muitas tristezas e muitas derrotas. O hiato do Cordas foi uma
das decisões mais difíceis que já tomei. Além disso, as mudanças de cidade, a
desvalorização do meu trabalho por outros músicos por questões pessoais, os
problemas surgindo um a um, a agonia que me fez buscar ajuda.
Isso
tudo começou a mudar em segundas-feiras de julho e agosto. Patrick Hertzog, meu
irmão, seu lindo, você nem sabe mas partiu de sua pessoa o salvamento da minha
vida. Em meio a turbulentas semanas de trabalho e delicados finais de semana
insanos, um projeto nasceu. Sem nome, sem forma, mas com pretensão: ser o que
nos representaria.
Quase
que simultaneamente, recebo uma mensagem perguntando se havia algum lugar onde
o remetente dela e sua arte se encaixariam: Ezequiel Antoni, até então um
ex-aluno da Rima, apresentou-se de verdade para mim e para o Hert e encaixou-se
como uma luva na nossa ideia (que já tinha um pouco mais de forma, mas ainda
longe de qualquer definição) - e tornou-se um amigo valoroso. Que pessoa
incrível!
Aí
vieram as gigs no saudoso Cultura de Boteco. A Yasmim Frufrek, menina
fantástica que vinha trabalhando comigo e que contribuiu valorosamente para a
nossa inserção no seio da cultura pop: aí estava a nossa voz!
Depois
disso veio a valorização da história e da trajetória: Hert e eu já tocamos
juntos há seis anos, mas ainda antes disso, a primeira banda dele era com o
grande baterista Tiago Camini. Chama para o time! Daí para “convocar” seu irmão
e também grande guitarrista Diego Camini, foi um passo.
Precisamos
de percussão nesse show – que agora já tomava estrutura – “O Diego Hertzog faz!
O guri é bom!”, dizia o Hert sobre seu irmão. E, olha, com muita razão! Que
musicalidade tem esse cara! E isso fez tão bem para ele, que começou a estudar
teoria musical comigo, também, além de ter se aproximado e se tornado também um
grande amigo.
A
Nathália Maciel, colega do Hert, veio de Porto Alegre e conquistou todo mundo
com sua simpatia e parceria.
Marcos
Purin, um amigo de longa data, esteve ao meu lado na primeira vez que subi em
um palco, quando eu tinha nove anos e era o cara certo que eu podia chamar para
coordenar os sopros. Brilhante trompetista, ainda trouxe para o time o também
brilhante e super amigável Leonardo Costa e o seu trombone.
Foram
quase quatro meses vivendo e respirando esse Espetáculo. Mais do que isso,
convivendo com essa gente magnífica. E não parou por aí: o que seria de nós sem
o Eric Colombo, pequeno grande homem que se tornou nesse período também um dos meus
melhores amigos, que nesse dia atuou como assistente de palco, mas está sempre
conosco seja no palco ou nos bastidores. Também a Gabriela Zambrozuski que fez
um trabalho incrível com as imagens do show e também com as de divulgação, além
da grande parceira e amiga que é. O Rodrigo Fangueiro e o Rafael Oliveira, dois
dos maiores técnicos de som do estado, que fizeram milagre para nos ajudar
naquele dia. A Taila Coelho e o Júnior Ávila, recepcionistas simpáticos,
competentes e lindos que abrilhantaram o início do Espetáculo. A Giselle
Frufrek que tem o poder da palavra e do olhar calmantes, que é um porto seguro
para mim em todo esse processo da minha vida. Minha mãe Elaine, incansável, que
foi a pessoa que mais trabalhou em torno desse Espetáculo e meu pai Paulo que,
como sempre, tornou tudo possível.
Foram
essas pessoas que fizeram a FILARMÔNICA VINHOCASA acontecer. Fomos todos nós
juntos que trabalhamos e fizemos (mesmo sem a merecida estrutura), o Espetáculo
mais diferenciado (como dizia o slogan de divulgação) que essa cidade já viu.
Agradeço
demais os Conselheiros Estaduais de Cultura que estiveram presentes. Uma honra
imensa! Além disso, eu posso dizer que admiro muito o trabalho e a pessoa de
cada um de vocês, pois eu adoro ouvir o que meu pai me conta da convivência
dele com vocês todas as semanas, e isso tem feito ele e nós também muito
felizes: Élvio Vargas, Erika Hanssen, Gilberto Herschdorfer, Liana Yara
Richter, Marco Aurélio Alves e Marlise Nedel Machado.
Enfim,
a todos os que citei e também a todo o público presente, amigos, família, ou
simplesmente espectadores: obrigado, pessoal! Obrigado por terem feito meu
segundo semestre tão especial! Obrigado por me darem base e apontarem uma
luzinha a qual eu podia seguir. Obrigado por serem tão incríveis e terem
escrito comigo uma das páginas mais lindas da minha vida!
E
o que posso dizer mais? Esse foi só o começo! Esse Espetáculo foi o ponto
inicial de um projeto que NOS REPRESENTA. O que eu sempre quis. Quero pedir que
nós estejamos sempre juntos, mesmo que não fisicamente, mas que a lembrança
desse Espetáculo e de toda a revolução que ele proporcionou seja eterna. FILARMÔNICA
VINHOCASA é a ruptura. Ruptura para tornar-se o que se é. A arte é a arte,
é a vida, é a essência e única e exclusivamente o que nos move. Somos artistas
e lutamos todos os dias pela arte, ou seja, pela nossa própria existência. Amo
o que somos, gente. Amo o que fizemos e o que vamos fazer. Amo ser nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário